Levei mais de um ano para começar a contar sobre minha viagem a Nova York. Em parte porque escolhi o pior mês do ano para ir. Na verdade, a pior semana.
A minha chegada na cidade foi no dia 21/12. Fui embora dia 31/12. O mundo estava lá nesses 10 dias.
Durante muitos anos minhas férias foram em dezembro; iam de 15 de dezembro até 5 de janeiro. Estive em grandes cidades – Londres, Paris, Buenos Aires – e percorri Portugal nesses dias. Estou acostumada a viajar nessa época.
Mas nada nesse mundo me preparou para nada parecido com isso que vivi lá. Como as férias estão próximas e todomundoamanyc, resolvi alertar.
Se você não quiser ficar 4h na fila do barco pro tour da Estátua da Liberdade por 3 dias, não vá.
Se você não quiser ter que ir duas vezes ao Rockfeller Center para subir ao Top of The Rock, não vá.
Se você pretende apenas bater uma foto da pista de patinação do Rockfeller Center vai ter que se esforçar muito pra vencer a multidão. Eu não consegui.
Se você sonha em conhecer a feirinha de Natal do Bryant Park em frente à New York Public Library, xiiii, não dá nem pra ver o que tem nas barraquinhas, portanto, não vá.
Se você não quiser se ver no meio de uma micareta no High Line sendo arrastado por uma multidão, não vá.
Se você não quiser ter a sensação da Rua da Alfândega (cariocas entenderão) ou da 25 de Março (paulistas se identificarão) no sábado anterior ao Dia das Crianças ou Natal em plena 5th Avenue, não vá.
Se você não quiser ser espremido no Chelsea Market como numa liquidação anual do Magazine Luiza, não vá.
Se você não pretende ficar mais de 2 horas para entrar no Metropolitan Museum ou no Natural History Museum, não vá.
Se você gostaria de ver neve por lá nessa época, saiba que pode ter, pode não ter, espere por tudo, pra mim não teve.
Se você pensa que verá pessoas arrastando árvores de Natal pelas ruas (tipo Harry & Sally, sabe?), nem de longe você verá.
E sabe aquelas lindas decorações de Natal? Você mal irá conseguir ver por causa da multidão. Fotografar então, esquece, porque terá milhares de pessoas no mesmo local que você.
E a Apple lindona da 5th pertinho do Central Park, sabe? Esquece. Uma feira estilo CEAGESP e CADEG.
Se ainda assim você quiser ir, te desejo paciência de chinês aposentado para enfrentar as filas nas lojas, as multidões por toda parte e os preços altíssimos dos hotéis (foram as maiores diárias que já paguei nessa vida).
A cidade é linda. Mas eu, que adoro uma cidade grande e agitada me vi em alguns momentos enfurnada no hotel pensando se valeria mesmo a pena passar todo o sufoco novamente.
Passei meses pensando que esta foi a pior escolha da minha vida. Mas o tempo passa e antes que eu ache que esse tipo de coisa é normal e natural em qualquer cidade, achei melhor escrever para não esquecer.
Porque você sabe, vai que…
A seguir, fotos do Central Park.
São nossos parceiros e ajudam no planejamento das nossas viagens e farão o mesmo pelas suas:
Que pena que você teve esta impressão, Mô! Já eu acho que é quando a cidade fica mais bonita, alegre, enfeitada. E pela quantidade de turistas que ali estavam, atrapalhando seus movimentos, eu não sou a única a pensar assim.
Quem sabe você não volta, outra vez nesta época, para curtir melhor tudo o que New York oferece na época de Natal. 😉
Marcie, talvez numa segunda vez eu não queira fazer todos os lerês obrigatórios de uma primeira ida a NY.
Eu amo decoração de Natal, mas acho que pra ver sem sofrer é melhor ir entre 2 e 6/1 quando desmontam tudo.
Foi muito sofrido, fiquei de mau humor metade dos dias porque não consegui andar nas ruas sem ninguém me esbarrar por mais de 15m. Para uma pessoa com mobilidade reduzida é o pior dos cenários.
E tem mais uma coisa, você conhece bem as pessoas que moram aí, sabe que eles não são como os ingleses sempre prontos a dar um braço, uma mão, ajudar mesmo quando é absolutamente desnecessário, né?
Vou te contar dois episódios. O primeiro foi numa rápida passagem de 4 dias em Londres sozinha eu recebi um braço amigo umas 6 ou 5 vezes.
Em NY, nos 10 dias, apenas a guardinha da fila do embarque no barco da Estátua, depois de me ver em pé por 4 horas na fila por 3 dias resolveu me ajudar e me tirou dela e colocou dentro do barco. Uma fofa, nunca esquecerei! (nem dos dois policiais que me ajudaram a sair do barco porque a maré tinha subido e eu não conseguia sair dele…rsrsrs).
Mas tá passando, nada como uma viagem após a outra e já penso em um dia voltar…
Beijo!!
Lindas imagens!!!
Muito obrigada, Daiana! 🙂