A viagem de ida foi boa, apesar da escala em Buenos Aires. Para quem não acredita, a GOL serve mesmo um sanduíche nos vôos internacionais. São horrorosos, por sinal.

Do avião já dava para ver a Cordilheira cheinha de neve. Oba!

Cheguei no aeroporto – um dos mais bonitos que conheço, aliás – e peguei uma van. Facinho, 10 dólares e me deixaram na porta do hotel em Providência, ao lado da Praça Baquedano e a 2 minutos do Metrô.

Se você quiser ir de taxi, são 26 dólares. Não acho necessário, de verdade.

Decepção total com o hotel, infelizmente. Escolhi mal, mas era limpo, muito bem localizado, tinha Canal Gourmet. Só o quarto que era muito pequeno. Muito mesmo. Mínimo. Uma caixinha de fósforos!

Tudo bem que a minha referência anterior era o Crowne e a sua vista linda. Me conformei, escrevi para a minha agente que me respondeu no dia seguinte que estava tudo lotado então nada de mudar de hotel. Me conformei, né?

Ah, um detalhe: meu vôo não sacudiu nada, mas escutei de algumas pessoas que saíram do Brasil no mesmo dia pela manhã que foi um p-a-v-o-r o vôo deles. Dei sorte!

No dia seguinte, friozinho, fui ao Cerro San Cristóbal. Ali fotografei as montanhas, ainda com neve a 70%, mas lindas. O dia não estava muito bonito, com chuva fraca que no final do dia se transformou em tempestade.

Passei pelo Moneda, mas não entrei. Dei um pulo na Catedral, tirei umas fotos na praça, segui para o Mercado Central.

Me irritei com o assédio de garçons no Mercado, não como peixe e não vou pagar 30 dólares por um frango grelhado.

Saí de lá, comi uma empanada de queijo, uma mega porção de fritas e retornei para pegar o meu tour para Concha Y Toro.

Ele saiu atrasado, já me irritou. No caminho começou o dilúvio e fiquei pensando o que afinal eu estava fazendo ali. Bacana, bonito, explicativo. Ganhei uma taça bem bonita, mas eu queria duas. Comprei um vinho de sobremesa na lodjinha, entrei aonde eles guardam os melhores vinhos, degustamos 2 – o Casillero del Diablo, que gostei bastante e o Marques de Casa Concha que detestei. Parece que tinha pimenta!!!!

A coisa é meio Disneylândia por lá. Você começa assistindo um filminho, depois você vai ter uma aula de como são feitos e uma degustação, daí você entra onde ficam as barricas e aprende sobre o carvalho americano e o francês e os preços delas e como são usadas. Bacana até aí. Daí você vai para debaixo da terra, acho que são 5 metros, fica num lugar escuro, frio, apagam as luzes, tem um treco com o Casillero que não vi porque tinha muita gente e sai. Toma mais 2 dedos de vinho, vai para a lodjinha, e vê seus suados dólares indo água abaixo, já que as parreiras serão impossíveis de ver, pois já é noite e chove cântaros.

Pensam que acabou? Que nada! Eis que você chega no hotel, ensopada, querendo um banho quente e não tem água! Um dilúvio que derrubou pontes, alagou a cidade, fez o caos, deixou metade de Santiago sem água até o dia seguinte.

Pensei: comecei bem. Mas no dia seguinte as coisas melhoraram. Ainda bem!